Glossário
A
3C
Alta estimativa de recursos contingentes para refletir uma faixa de incerteza.
1P ou Reservas Provadas
Quantidade de petróleo que, através de análises de dados de geociências e engenharia, podem ser estimadas com certeza plausível, de serem comercialmente recuperáveis a partir de uma determinada data, em reservatórios conhecidos e em conformidade com normas governamentais, métodos operacionais e condições econômicas determinadas.
2P
É a soma das Reservas Provadas e Prováveis, que equivale ao cenário da melhor estimativa.
3P
É a soma das reservas provadas, prováveis e possíveis, que equivale ao cenário da estimativa mais alta.
Afretamento
Modalidade correspondente à aquisição de um determinado bem, devidamente regulada por instrumento contratual específico, em que se transfere para um contratante o direito exclusivo de utilização deste bem por um período determinado e mediante o pagamento de valores estabelecidos em contrato.
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP
Autarquia que tem como objetivo regular; contratar e fiscalizar as atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo no Brasil, em linha com as orientações do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e de acordo com os interesses do país. Órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, a ANP é responsável pela execução da política nacional para o setor energético do petróleo, gás natural e biocombustíveis, de acordo com a Lei do Petróleo (Lei nº 9.478/1997):
(I) estabelecendo regras por meio de portarias, instruções normativas e resoluções;
(II) promovendo licitações e celebrando contratos em nome da União com os concessionários em atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural e
(III) fiscalizando as atividades das indústrias reguladas, diretamente ou mediante convênios com outros órgãos públicos. A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) foi implantada por intermédio do Decreto nº 2.455, de 14 de janeiro de 1998.
Águas profundas
Águas oceânicas situadas em áreas com lâmina d’água, em geral, entre 300m e 1500m. De maneira geral, os limites mencionados resultam de aspectos associados ao estado da arte na tecnologia requerida para as unidades estacionárias de perfuração ou de produção, limites de mergulho humano. Não há um consenso universal sobre os limites de profundidade para definir águas profundas; diferentes entidades internacionais têm instituído distintos limites para tal área. Na década de 1980, o termo águas profundas representou a lâmina d’água entre 180m e 450m. A ISO define o termo águas profundas como referente à lâmina d’água entre 610m (2.000 ft) e 1.830m (6.000 ft).
Águas rasas
Águas oceânicas situadas em áreas com lâmina d’água, em geral, inferior a 300m.
Águas ultraprofundas
Águas oceânicas situadas em áreas com lâmina d’água, em geral, acima de 1.500m.
Amostra de calha
1. Corte de um pedaço de rocha no processo de perfuração do poço, que remove a amostra do furo através do bombeamento de lama de perfuração. 2. Em perfuração petrolífera, conjunto dos fragmentos de rocha que ficam retidos na peneira de separação de lama.
Ancoragem
Procedimento que consiste em utilizar barcos do tipo AHTS para lançar previamente as âncoras e os cabos na nova locação, deixando os elos das extremidades dos cabos presos às boias. Com a chegada da sonda, suas amarras são conectadas a estes elos e cada sistema é tracionado. A técnica de pré-lançamento permite mudar uma sonda ancorada de uma locação para outra em tempo similar ao de uma sonda de posicionamento dinâmico.
Arenito
Designação dada a rocha sedimentar proveniente da litificação de sedimento arenoso, cujo arcabouço é composto de grãos do tamanho areia (0,625mm 2mm), podendo ocorrer em menor quantidade fragmentos de tamanho menor ou maior, o que, dependendo do caso do arenito seixoso e do arenito argiloso. De acordo com a sua composição, os arenitos podem receber nomes específicos: grauvacas, arcósios e calcarenitos.
Ativos
1. Situação contábil que compreende os ativos circulante (current asset) e fixo (fixed asset), sendo que o primeiro caracteriza o ativo disponível e realizável, e o segundo o ativo imobilizado. 2. Bens e direitos que uma determinada organização possui em um determinado momento, como resultado de transações ou eventos passados dos quais futuros benefícios econômicos podem ser obtidos.
B
Bacia
Região deprimida da superfície, da atmosfera ou de camadas da superfície terrestre. A delimitação de bacias se faz considerando aspectos variados. A exemplo da bacia sedimentar, importante para a geologia do petróleo, duas formas de delimitação são muito importantes para os estudos ambientais, a bacia hidrográfica e a bacia atmosférica. A primeira, região que é drenada por um rio e seus afluentes, tem importância na dispersão de poluentes por via hídrica e nos sistemas de planejamento de resposta a derramamentos de substâncias perigosas e de óleo em terra. A bacia atmosférica (ou aérea) é a parte da troposfera parcialmente confinada pelo relevo e na qual a circulação e os efeitos da poluição atmosférica que aí se concentram podem ser estudados de forma isolada.
Bacias sedimentares
1. Área geográfica indicativa de uma depressão, corresponde a uma subsidência de um determinado terreno, formando, em consequência, sedimentos provenientes das áreas mais elevadas que a circundam, formando uma sucessão de estratos de rochas sedimentares. 2. Depressão da crosta terrestre onde ocorre subsidência e consequente preenchimento sedimentar. Com o aumento continuado da pressão, originado pelo soterramento dos sedimentos, são formadas as rochas sedimentares pelo processo denominado de litificação.
Barril
Unidade padrão de medida de líquido na indústria de petróleo.
1 barril = 158,98 litros;
1 barril = 35 galões imperiais (aproximadamente);
1 barril = 42 galões US;
6,293 barris = 1 metro cúbico;
7,5 barris = 1 tonelada (aproximadamente).
Barril de óleo equivalente
Unidade utilizada para permitir a conversão de um volume de gás natural em volume de líquido equivalente, tomando por base a equivalência energética entre o petróleo e o gás, medida pela relação entre o poder calorífico dos fluidos. Em geral, utiliza-se a seguinte relação aproximada: 1,000 m³ de gás para 1m³ de petróleo.
Batimetria
Processo de medida da profundidade dos oceanos, mares e outros corpos aquáticos com uso de sistemas acústicos (ecobatímetros). É o equivalente submarino de altimetria. Os principais sistemas de batímetria são divididos em sistemas de feixe único, que operam apenas com un transdutor, ou multifeixes, que operam com até 240 transdutores alinhados lateralmente. Esses sistemas podem operar em frequências variáveis de acordo com a profundidade da área de interesse.
Bloco
1. Termo atribuído a constituintes de rochas sedimentares com tamanho médio entre 64mm e 256mm.
2. Piroclasto com diâmetro médio maior que 64mm e com forma de angular a subangular, indicativa de que o piroclasto estava em estado sólido durante a sua formação.
3. Fragmento de rocha naturalmente arredondado, entre matação e seixo na escala granulomérica, ou seja, com diâmentro de 64 e 256mm.
4. Parte de uma bacia sedimentar, onde as concessionárias conduzem operações de exploração e produção de petróleo.
5. Parte de uma bacia sedimentar, formada por uma prisma vertical de profundidade indeterminada, com superfície poligonal definida pelas coordenadas geográficas de seus vértices, onde são desenvolvidas atividades de exploração ou produção de petróleo e gás natural (a lei brasileira o define como um prisma vertical, determinado pela área de concessão na superfície).
6. Montagem de um conjunto de polias numa estrutura comum, compartilhando um mesmo eixo de suporte.
Butano
Hidrocarboneto composto por por quatro átomos de carbono e dez de hidrogênio C4H10. Possui peso molecular de 58,12, temperatura crítica de 766 °R e pressão crítica de 551 psi.
C
Cabeça de poço
1. Equipamento composto de spools, válvulas e adaptadores conectados à parte terminal superior do poço, que garante vedação, controle de fluxo e sustentação mecânica dos equipamentos suspensos, tais como tubing e revestimentos.
2. Terminação de superfície de um poço que incorpora conexões para supensores de revestimentos, suspensores de colunas, árvore de natal e linhas e fluxo para controle do poço durante a sua produção. Cabeças de poço secas (instalações em terra) e molhadas (instalações submarinas) podem apresentar diversas diferenças em suas concepções, por causa dos diferentes graus de complexidade operacional exigidos por cada um destes ambientes.
Campo de petróleo
1. Área que contém acumulações comerciais conhecidas de petróleo em unidades tectônicas, tais como uma bacia sedimentar, ou em geossinclinais, ou seja, em grande bacia geológica que recebeu a sedimentação de grandes espessuras de sedimentos originadas das áreas adjacentes mais elevadas.
2. Área que contém um suprimento ou estoque subterrâneo de petróleo de valor econômico comprovado. As acumulações ditas estruturais e as estratigráficas a fatores exclusivamente litoestratigráficos. Os reservatórios de um campo de petróleo produzem por uma série de circunstâncias complexas, através dos canais porosos para o poço. A maior quantidade do petróleo é deslocada para o poço através da expansão do gás livre ou da água existentes dentro do reservatório. Assim, num reservatório, a produção é resultado do mecanismo que utiliza a pressão existente, sendo reconhecidos os seguintes mecanismos:
(I) Reservatório de Mecanismo de Gás em Solução, em que a área porosa está completamente envolvida por rocha densa, não permeável, evidenciando migração de pequena distância. É um mecanismo pobre, com produção declinante em curto período;
(II)Reservatório de Mecanismo de Capa de Gás, acumulações de óleo junto com um volume de material leve, grande demais para ser todo dissolvido no óleo, nas condições de temperatura e pressão existentes no reservatório. Este gás livre migra para o topo do depósito, formando uma capa de gás, que é uma fonte de energia para levar o óleo até o poço e, depois, até a superfície. Neste tipo de reservatório uma grande porção do óleo existente originalmente é retira durante a vida produtiva do reservatório;
(III) Reservatório de Mecanismo de Influxo de Água, no qual a fonte de energia é a grande quantidade de água salgada existentes nos canais porosos da rocha associada com as jazidas de petróleo existentes. Apesar de ser considerado imcompressível, o volume total comprimido de água é muito grande, propiciando o seu movimento à medida que o óleo é produzido. É o mecanismo predominante e mais eficiente na maioria dos grandes campos produtores;
(IV)Reservatório de Mecanismo de Segregação Gravitacional, mais uma modificação de todos os mecanismos. É caracterizado pela tendência (devido às forças gravitacionais) de o gás, o óleo e a água voltarem à distribuição que tinham no início da vida do reservatório, de acordo com suas próprias densidades.
Carbonato
Sais derivados do ácido carbônico, cujo ânion é o COɜ ++. Os carbonatos são constituintes majoritários das rochas carbonáticas, formadas geralmente pela acumulação de carapaças de microorganismos calcários ou precipitação de carbonato de cálcio ou magnésio; por exemplo: calcário e dolomito.
Carbonato autigênico marinho
Produto formado devido à ação conjunta de temperatura e do pH em um dado corpo de água do mar. A precipitação ocorre quando a água é quente e o gás carbônico é perdido, como acontece durante a fotossíntese. Esse fenômeno é comum em águas relativamente rasas e tropicais, a exemplo das Bahamas e da costa oriental da Flórida. Alguns autores sustentam que as atividades biológicas estão sempre presentes na precipitação de carbonato de cálcio na água do mar.
Coluna de óleo
Seção vertical de uma formação saturada por óleos em seus poros.
Colunas
1. Sequência de tubos conectados uns aos outros, por roscas ou por flanges, empregada nas operações de perfuração, completação, elevação, dentre outras.
2. Em hidráulica, trata-se da coluna hidrostática de fluidos que transmite uma pressão hidrostática em uma dada profundidade vertical.
Colunas de óleo
Seção vertical de uma formação saturada por óleo em seus poros.
Completação de poços
O mesmo que completação.
Compressão
Redução do tamanho de alvos em imagens sonográficas causadas pelas distorções na varredura ou por velocidade de reboque. A compressão pode ser corrigida por processamento digital que leva em consideração a velocidade de reboque e a correção da varredura em função da altitude do equipamento em relação ao fundo marinho.
Concessão
1. Regime administrativo de permissão de pesquisa e lavra de recursos minerais de propriedade pública ou de prestação de serviços públicos, no qual o concessionário não tem a propriedade do recurso mineral in situnem dos meios de prestação de serviço.
2. Contrato administrativo por mei odo qual a Administração Pública delega a um particular a gestão e a execução, por sua conta e risco e sob controle do Estado, de uma atividade definida pelas leis do país como serviço público. A concessão é uma modalidade de delegação de uma atividade econômica pelo poder público, geralmente mediante processo concorrencial, a um agente econômico que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. No Brasil, o contrato administrativo à delegação é feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que outorga a empresas o exercício das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural no território brasileiro.
Condensado
Fração líquida do gás natural obtida no processo primário de separação de campo, mantida na fase líquida na condição de pressão e temperatura de separação.
Consórcio
Associação, com responsabilidade solidária, de duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas, as quais, sem constituição de uma nova empresa, se unem para a execução de determinado fim contratual abrangendo aspectos técnicos e comerciais.
Coquina
1. Calcário detrítico composto única ou principalmente por fragmentos de fósseis mecanicamente selecionados, que sofreram processo de transporte e abrasão antes de atingir o sítio deposicional. Geralmente pouco cimentado.
2. Calcário poroso, esbranquiçado, formado por agregados friáveis de conchas e fragmentos de conchas, à semelhança dos depósitos que ocorrem na Flórida, e utilizado como pavimentação de estradas.
D
Dado sísmico
Qualquer registro de ondas elásticas que se propagam no interior da Terra.
Depósito orgânico
Material orgânico, originado de organismos vivos, depositado no fundo do mar devido à sua maior densidade. Dos depósitos orgânicos sapropélicos originam-se os hidrocarbonetos.
Depressão
Depressão rasa e ampla em superfície plana ou levemente mergulhante, produzida pelo arqueamento das camadas no bloco baixo de falha, fazendo com que as camadas mergulhem no sentido do plano de falha.
Descoberta
Qualquer ocorrência de petróleo, gás natural, outros hidrocarbonetos, minerais e, em geral, quaisquer outros recursos naturais na área de concessão, independentemente de quantidade, qualidade ou comercialidade, verificada por, pelo menos, dois métodos de detecção ou avaliação.
Descoberta comercial
Descoberta de petróleo ou gás natural em condições que, a preços de mercado, tornem possível o retorno dos investimentos no desenvolvimento e na produção.
E
Elevação Artificial
Aplicação de energia de fonte externa para elevar o fluido do reservatório de petróleo, através do poço produtor; até a unidade de tratamento na superfície. Qualquer método usado para elevar óleo até a superfície, depois que a energia de reservatório passa a não ser mais suficiente para produzir os fluidos até a superfíciena vazão desejada, por fluxo natural. Os métodos mais comuns de elevação artificial são bombeio mecânico, bombeio hidráulico, bombeio centrífugo submerso (BCS) e gas lift.
Empresa de Pesquisa Energética - EPE
A Empresa de Pesquisa Energética é uma empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético
Estudo de Impacto Ambiental
Estudo ambiental que subsidia a concessão da Licença Prévia, na fase de planejamento de empreendimentos ou, no caso específico da indústria do petróleo, para o desenvolvimento de campos de produção de óleo e gás natural (Resolução CONAMA nº 23/94).
Etano
Hidrocarboneto encontrado na atmosfera cujo destinioprimário é reagir com os radicais livres, como o cloro, e o óido nitroso. Essa reação pode impedir esses radicais de reagirem com o ozônio, que é necessário na estratosfera para impedir a l;uz ultravioleta de alcançar a superfície da Terra. 2. Hidrocarboneto alifático da família dos alcanos. Produzido a partir do gás natural e do refinamento do petróleo, é composto por dois átomos de carbono e seis de hidrogênio (c2H6), tem um peso molecular de 30,07, tempereratura crítica de 549 °R e pressão crítica de 712 psi.
Exploração
1. Ato de procurar ou fazer incursão com a finalidade de extrair, em regiões pouco ou não conhecidas, recursos minerais etc. A exploração é um dos três propósitos de uma pesquisa científica; os outros dois são descrever e explicar.
2. Conjunto de operações ou atividades, pesquisa e sondagem, destinadas a avaliar áreas territoriais (blocos) objetivando a descoberta e a identificação de jazidas de petróleo ou gás natural. A exploração tem existido desde o ínicio da vida humana, mas diz-se que o auge da exploração foi durante o período chamado ‘idade da exploração’, quando os navegadores europeus viajaram ao redor do mundo em busca de novas áreas ou continentes.
F
Farm-in
Processo de aquisição parcial ou total dos direitos de concessão detidos por outra empresa. A empresa que adquire os direitos de concessão está em processo de farm in, e a empresa que vende está em processo de farm out.
G
Gás
Um dos estados da matéria. Os gases, juntamente com os líquidos, podem escoar. Contudo, diferentemente dos líquidos, não ocupam um volume fixo, podendo se expandir para preencher completamente o espaço em que estão confinados. Especificamente na indústria do petróleo, define-se como hidrocarboneto ou mistura de hidrocarbonetos que permaneça em estado gasoso ou dissolvido no óleo nas condições originais do reservatório, e que se mantenha no estado gasoso ou dissolvido no óleo nas condições originais do reservatório, e que se mantenha no estado gasoso nas condições atmosféricas normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou gaseíferos, incluindo gases úmidos, secos, residuais e gases raros. Ao se processar o gás natural úmido nas UPGNs se obtêm:
(I) o gás seco, que contém principalmente metano e etano;
(II) o líquido de gás natural (LGN), que contém propano e butano, que formam o gás liquefeito de petróleo (GLP); e
(III) a gasolina natural . O termo é frequentemente utilizado como adjetivo. Em geral, é o estado que todas as substâncias podem assumir quando são levadas a temperaturas suficientemente elevadas, ou seja, superiores à temperatura crítica de cada substância. Mais comumente são chamadas gasesas substâncias que se encontram completamente no estado gasoso, para uma temperatura de 20 °C à pressão de uma atmosfera (1 atm). Tem-se assim, gás associado (gás produzido junto com óleo), gás de elevação (já desidratado e em pressão adequada para a utilização na elevação artificial da produção), gás combustível (já tratado e condicionado para queima na própria unidade de produção) etc.
Gas lift
1. Método de produção baseado numa controlada injeção de gás no poço produtor.
2. Técnica de elevação artificial que utiliza um processo injeção de gás na coluna de produção, de forma a diminuir a pressão hidrostática exercida pelo fluido produzido. Dessa forma, a pressão de fluxo passa a ser suficiente para elevar o fluido produzido até a superfície. A injeção de gás para o interior da coluna de produção é feita por meio de válvulas (válvulas de gas lift) alojadas no interior de mandris conectados à coluna de tubos.
3. Método de elevação artificial que utiliza a energia contida em gás comprimido para elevar os fluidos produzidos pelo poço (óleo e água) até a superfície. Baseia-se na injeção de gás a alta pressão na coluna de produção com o objetivo de gaseificar o fluido produzido, provocando aumento da vazão. Pode ser do tipo contínuo ou intermitente. Divide-se em duas classificações distintas: gas lift contínuo ou gas lift intermitente. A escolha entre um ou outro método depende da vazão desejada, do índice de produtividade do poço, da profundidade de elevação, da pressão estáticado reservatório e da pressão de injeção disponível na superfície. O gas lifté o método de elevação artificial mais indicado para poços com razão óleo-gás alta, nos quais o emprego dos métodos de bombeio implicaria baixa eficiência volumétrica e problemas operacionais. No entanto, tem limitações, como a de não poder ser usado onde não há gás natural em quantidade suficiente, ou em poços com revestimento em mau estado e nos quais a restauração seja antieconômica.
Gás natural
Mistura de hidrocarbonetos (metano, etano, propano e butano), em geral contendo dióxido de carbono, nitrogênio, enxofre, sedimentos e água, e que nas condições atmosféricas se apresenta no estado gasoso. O gás natural pode se apresentar como gás natural associado ou simplesmente gás associado, quando sua produção se dá juntamente com o hidrocarboneto líquido. O gás natural também pode se apresentar como gás livre, ou somente gás, quando é produzido de um reservatório que somente possui hidrocarboneto em fase gasosa.
Gás natural não-associado
Gás natural produzido por jazida de gás seco ou de jazida de gás e condensado.
Gás úmido
Gás rico em metano, que contém vapor d’água, etano propano e hidrocarbonetos mais pesados.
Gasoduto
Duto, similar ao oleoduto, para transporte de gás natural.
Gravel pack
Sistema para controlar produção de areia, composto por um conjunto de tubos telados ou ranhurados, empacotado com material granular (propante), de forma a impedir que haja migração da areia da formação para dentro do poço.
H
Hidrocarbonetos
1. Mistura de compostos orgânicos que constituem a porção com interesse econômico do material que sai do poço produtor.
2. Composto constituido apenas por carbono e hidrogênio.
3. Principais componentes dos combustíveis fósseis, que incluem petróleo, carvão e gás natural. Os hidrocarbonetos podem conter ainda cloro, oxigênio, nitrogênio e outros átomos. Ocorrem na forma de gases líquidos e sólidos. São amplamente distribuídos na litosfera, hidrosfera e biosfera. São classificados de acordo com o arranjo dos átomos de carbono e tipos de ligações químicas. As classes mais importantes são:
(I) aromáticos, ou compostos com anéis de carbono;
(II) alcanos, também chamados alifáticos ou parafinas, compostos com cadeias retas ou ramificadas e ligações simples;
(III) Alcenos e
(VI) alcinos, ambos com ligações duplas e triplas respectivamente. Os hidrocarbonetos constituem importante fonte energética. A maioria dos combustíveis de hidrocarbonetos é formada pela mistura de muitos compostos. A gasolina, por exemplo, inclui várias ventenas de hidrocarbonetos compostos, e consequentemente torna-se causa potencial de possíveis efeitos ambientais. O termo é frequentemente empregado nas instalações de processamento primário para representar indistintamente o óleo e o gás produzidos.
I
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Órgão executivo da Política Nacional do Meio Ambiente do Brasil (PNMA), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) do Brasil, que é responsável pela execução dessa política e desenvolve diversas atividades para a preservação e conservação do patrimônio natural, exercendo o controle e a fiscalização sobre o uso dos recursos naturais (água, flora, fauna, solo, etc.). É responsável pelos estudos ambientais e pela liberação das licenças ambientais de empreendimentos em âmbito nacional, e também por guias de licenciamento ambiental para as rodadas de licitação de blocos exploratórios, que estabelecem os níveis de exigência para as atividades de exploração e produção de acordo com a sensibilidade ambiental das áreas. O objetivo dessas ações é contribuir para maior proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável da indústria de petróleo e gás, além de reduzir incertezas para os interessados em investir no Brasil.
Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP)
Instituição privada, com fins não econômicos, tem seu foco na promoção do desenvolvimento do setor nacional de petróleo e gás, visando a uma indústria competitiva, sustentável, ética e socialmente responsável. Seus principais objetivos são a melhora do ambiente regulatório, a disseminação de informações da indústria, a representação da indústria, a promoção do desenvolvimento técnico, a defesa do meio ambiente, segurança e responsabilidade social.
J
Jaqueta
Estrutura de suporte de uma plataforma fixa que vai desde a fundação até pouco acima do nível do mar; sobre a qual são instalados módulos e/ou o convés.
Joint venture corporation
Resultado da união de duas ou mais empresas com interesses comuns – como por exemplo a realização de um projeto -, em que se cria outra empresa com personalidade jurídica e patrimônio próprios, compartilhando os riscos, as receitas e as despesas.
L
Lâmina d’água
Distância entre a superfície da água e o fundo do mar. Expressão consagrada pelo uso, significando coluna d’água.
Licença ambiental
Ato administrativo expedido pela autoridade competente que contém condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem observadas por seu titular para localização, instalação, ampliação ou operação de atividades ou empreendimentos que utilizem recursos ambientais que sejam efetiva ou potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental (Resolução CONAMA nº 237/970.
Licitação
Procedimento administrativo para contratação de serviços ou aquisição de produtos. No Brasil, a administração pública convoca, mediante cindições estabelecidas em ato próprio (adital ou convite), empresas interessadas na apresentação de propostas para o oferecimento de bens e serviços, bem como em concessões de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural, por intermédio da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
M
Margem continental
Unidade fundamental da fisiografia dos oceanos (as demais são a bacia oceânica e a cordilheira meso-oceânica). Da terra para o mar, são três as suas principais províncias, que se caracterizam por relevos e faixas de profundidades distintas: plataforma continental, talude continental e elevação ou sopé continental.
Maturidade
Extensão das reações dirigidas de aquecimento que convertem matéria orgânica de sedimentos e finalizam em gás e grafita. As diferentes escalas geoquímicas incluem reflectância de vitrina, pirólise e várias razões de maturidade de biomarcasdores, que são utilizadas para indicar o nível de maturidade termal da matéria orgânica.
Mesa rotativa
Equipamento responsável pela transmissão de rotação à coluna de perfuração através da bucha kelly e do kelly (haste quadrada), que é deslizado livremente pelo seu interior. A mesa rotativa foi substituída, nas sondas mais modernas, pelo top drive, qu permite a manobra da coluna de perfuração com rotação e circulação de fluidos.
Metanol
Composto químico denominado álcool metílico. Pode ser produzido a partir de coque de carvão, da nafta e do gás natural (metano). É a forma mais simples do álcool; é incolor; volátil e inflamável. Usado como anticongelante, solvente e combustível.
N
Nitrogênio
1. Gás inerte, não metal, incolor, inodoro e insípido, que constitui cerca de 78% do ar atmosférico, que não participa da combustão e nem da respiração; utilizado para operações de indução de surgência de poços de petróleo.
2. Elemento químico com símbolo N, número atômico 7 e número de massa 14 (7 prótons e 7 neutrôns).
Notificação de descoberta
Documento a ser emitido, conforme orientações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ANP (Brasil), tão logo ocorram as circunstâncias que identificam uma descoberta.
Novas fronteiras
Áreas de bacias sedimentares ainda não exploradas ou com insuficiente delimitação total de seu potencial de exploração e produção.
O
Offshore
Operado ou que se localiza no mar: Por vezes se usa o termo costa afora.
Óleo
1. Petróleo cru ou outros hidrocarbonetos produzidos na cabeça de poço em estado líquido. Incluem destilados ou condensados recuperados ou extraídos de gás natural.
2. Porção do petróleo existente na fase líquida nas condições originais do reservatório e que permanece líquido nas condições de pressão e temperatura da superfície.
3. Hudrocarboneto que, nas condições de manuseio, encontra-se líquido, ainda que contenha impurezas.
Óleo leve
Classificação da natureza relativa, não padronizada e associada ao grau API. Em geral, são denominados óleos leves aqueles com densidade maior do que 30º API.
Óleo pesado
Classificação da natureza relativa, não padronizada e associada ao grau API. Em geral, são denominados óleos pesados aqueles com densidade entre 10 e 20º API.
Onshore
O mesmo que terrestre.
Operadora
1. Empresa constituída sob as leis de determinado país, com a qual se celebram contratos de concessão ou partilha de produção para exploração e produção de petróleo ou gás natural.
2. Companhia detentora dos direitos de propriedade ou arrendadora que gerencia as operações, como exploração, perfuração, produção de óleo ou gás. Em caso de consórcios formados por várias empresas, uma delas é escolhida para ser a operadora-líder, e as demais empresas componentes atuam como solidárias àquela escolhida para a liderança do consórcio.
Organização dos Países Exportadores de Petróleo - OPEP
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo é uma organização internacional criada em 1960 na Conferência de Bagdá que visa coordenar de maneira centralizada a política petrolífera dos países membros, garantindo a estabilização dos mercados de petróleo, de forma a assegurar uma oferta eficiente, econômica e regular de petróleo aos consumidores, uma renda estável para os produtores e um retorno justo de capital para os investidores do mercado de petróleo.
Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP)
Organização brasileira que tem por finalidade principal matuar como fórum de articulação e cooperação entre as companhias de exploração, produção, refino, processamento, transporte e distribuição de petróleo e derivados, empresas fornecedoras de bens e serviços do setor petrolífero, organismos governamentais e agências de fomento, a fim de contribuir para o aumento da competitividade global do setor: Tem como missão maximizar o conteúdo local no fornecimento de bens e serviços, com base em uma cooperação competitiva, garantindo ampla igualdade de oportunidades para o fornecedor nacional, ampliando a geração de renda e emprego no país. Atua como entidade orientadora para a redução de custos em toda a cadeia produtiva e para o aumento da competitividade dos fornecedores nacionais de bens e serviços. Contribui ainda para a definição de políticas industriais orientadaspara o setor de óleo e gás no Brasil.
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico é uma organização econômica intergovernamental, fundada em 1961, para estimular o progresso econômico e o comércio mundial. É um fórum de países comprometidos com a democracia e a economia de mercado, proporcionando uma plataforma para comparar experiências políticas, buscar respostas para problemas comuns, identificar boas práticas e coordenação das políticas nacionais e internacionais de seus membros.
P
Perfuração
Atividade que envolve todas as operações necessárias para a contrução de um poço até o momento de entregá-lo à equipe de completação.
Perfurar o poço
Expressão que representa a operação de cortar as formações e avançar dentro de um poço.
Permeabilidade
1. Medida do grau de interconexão entre os poros e as fissuras de uma rocha. Essa propriedade de rocha foi enunciada por Darcy durante estudos de filtração de água em leitos de areia, visando ao abastecimento de água. Pela lei de Darcy tem-se: qx = (KdP/ µdx) A Por essa lei tem-se que, em regime permanente, a vazão (qx) é proporcional ao gradiente de pressão (dP/dx). Em que µ é a viscosidade do fluido e A é a área da seção analisada. O coeficiente de proporcionalidade K é denominado permeabilidade. Quando somente um fluido permeia o meio poroso tem-se a permeabilidade absoluta. Quando mais de um fluido flui pelo meio poroso tem-se a permeabilidade relativa, que é função da absoluta.
2. Medida da capacidade da rocha de permitir a passagem de fluidos através dos espaços porosos interconectados. A permeabilidade em rochas reservatório é medida em Darcys (D) e varia geralmente de 1 mD a 10 D. A condutividade de um fluido em uma rocha é medida através das relações da Lei de Darcy, na qual a vazão do fluido é diretamente proporcional:
(I) à permeabilidade;
(II) à área de de uma seção perpendicular ao fluxo;
(III) ao gradiente de pressão e inversamente proporcional à viscosidade do fluido.
Petróleo
1. Líquido natural viscoso, cuja coloração varia entre verde, marrom e preto,composto por uma mistura de moléculas de hidrocarbonetos (parafinas, hidrocarbonetos não saturados, naftenos e aromáticos) e pequenas porções de oxigênio, nitrogênio e enxofre. As principais etapas do processo de sua formação são: transformação dos sedimentos soterrados em rocha, soterramento, transformação do material orgânico em querogênio, transformação do querogênio em petróleo e, finalmente, migração do petróleo para a rocha-reservatório. Diferentementedo que ocorre no resto do mundo, a palavra petróleo na lei brasileira só se aplica a líquidos (óleo cru e condensado), e exclui o gás natural. Do latim, óleo (oleum) de pedra (petra). 2. Resultado da transformação da matéria orgânica submetida a altas pressão e temperatura durante um longo período de tempo, em sedimentos soterrados a grandes profundidadesna crosta terrestre. 3. Mistura de hidrocarbonetos (hydrocarbons) encontrada no subsolo, em rochas sedimentares, geralmente acompanhada de impurezas, como dióxido de carbono (CO2), gás sulfídrico (SO2) gases raros, sólidos e água. Comprrende óleo cru (e seus derivados), condensado e gás natural (e seus derivados). 4. Mistura de hidrocarbonetos de consistência oleosa, inflamável e menos densa que a água, que ocorre em algumas rochas sedimentares. De acordo com a teoria orgânica, resulta da transformação de seres viventes e depositados em ambiente sedimentar em condições estruturais apropriadas a seu trapeamento e preservação. O petróleo não tem descoberta registrada, tendo sido utilizado desde a Antiguidade por diversas razões, como, por exemplo, para calafetar embarcações e embalsamar os mortos. O petróleo utilizado na antiguidade era proveniente de exsudações naturais. A história recente dea utilização do petróleo como recurso energético teve início devido à descoberta do querosene, obtido por sua destilação, um substituto barato para o óleo de baleia, largamente utilizado para iluminação no século XIX. A corrida do petróleo teve início na Pensilvânia (EUA) com a descoberta de óleo pelo Cel. Drake em 1859, em um poço de 21 metros de pronfudidade, perfurado com a tecnologia utilizada pelos chineses na procura de água subterrânea. Posteriormente foram descobertas novas utilizações para os outros derivados do petróleo obtidos através da destilação, que hoje são largamente utilizados na indústria petroquímica – por exemplo, para a fabricação de plásticos, tecidos sintéticos, elastômeros ou como fonte energética nos motores a explosão.
Pig
Dispositivo inserido no interior de uma tubulação, a qual percorre por meio de pressurização a montante do mesmo, com o bjetivo de remover depósitos indesejados, inspecionar aspectos dimensionais e/ou separar bateladas de fluidos. Acredita-se que a denominação deste dispositivo seja um anagrama resultante das palavras pipeline inspection gauge, que identificavam a função inicialmente projetada para tal dispositivo. No que tange a aspectos construtivos, ele pode reunir componentes em aço (indeformáveis), em elastômeros (deformáveis), ou ser integralmente feito de elastômeros, e até mesmo de espuma de polímeros. O nível admissível de deformação está associado ao tipo de serviço no qual se aplica o dispositivo. Quando do uso de pigs de inspeção (por exemplo, verificação de diâmetro remanescente frente a ataques corrosão, detecção de amassamentos etc.), os registros são armazenados em memórias posteriormente acessadas com a chegada do dispositivo na locação de destino.
Plano de avaliação de descobertas de petróleo ou gás natural
1. Documento preparado pelo concessionário, que contém o programa de trabalho e respectivo investimento, necessário à avaliação de uma descoberta de petróleo ou gás natural.
2. Documento a ser emitido, conforme orientações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ANP, quando houver a decisão de avaliar uma descoberta.
Plano de desenvolvimento
Documento preparado pelo concessionário e que contém o programa de trabalho e respectivo investimento necessários ao desenvolvimento de uma descoberta de petróleo ou gás natural na área da concessão, bem como indicações de relevância fiscal.
Plataforma de pernas atirantadas
Unidade flutuante de produção cuja ancoragem é reqlizada por meio de tendões verticais. Este tipo de ancoragem tem grande rigidez axial, o que resulta em movimentos verticais de amplitude muito pequena. Dessa forma, é possível conectar à plataforma tubulações rígidas verticais ligadas ao leito marinho e instalar as cabeças de poço no convés da unidade. Usualmente utilizam-se sistemas de compensação de movimento de pequeno curso, que restringem a variação de tração nessas tubulações. Esse tipo de plataforma reduz os custos de completação de poços, melhorando seu controle e facilitando intervenções (workover).
Plataforma fixa
Estrutura, instalada no local de operação, que recebe todos os equipamentos necessários às atividades que nela serão exercidas, tais como a perfuração, a estocagem, o alojamento e a produção dos poços.
Plataforma semissubmersível
Plataforma flutuante composta de estrutura com um ou mais conveses, apoiados sobre colunas, as quais por sua vez se apoiam em flutuadores submersos (pontoons). Os modelos mais comuns possuem de quatro a seis colunas e de dois a quatro flutuadores submersos. Esse tipo de plataforma é bem transparente à ação das ondas do mar e da correnteza, conferindo maior estabilidade a sua operação. POr suas características pode ser usada tanto para produção quanto para perfuração. Plataformas desse tipo também já foram utilizadas como balsas-guindaste de grande capacidade de carga.
Plataforma SPAR
Plataforma que se caracteriza por ter o formato de um cilindro vertical que provê flutuação para suportar facilidades acima da superfície da água. Comporta-se analogamente a um iceberg, com sua grande massa submersa. Possui ancoragem lateral para manter os movimentos lateral e vertical (heave) do deck são desprezíveis, permitindo utilizar o conceito de completação seca.
Poço de extensão
Poço perfurado para determinar a extensão das reservas e a produtividade esperada do campo.
Poço direcional
Poço desviado intencionalmente para atingir um objetivo localizado a uma determinada distância horizontal da mesa rotativa. Isso é possível com o uso de equipamentos próprios instalados na coluna de perfuração, denominados ferramentas defletoras, e também com a utilização de instrumentos para medição da trajetória percorrida pelo poço, tais como medidores de inclinação e direção. Este poço tem como característica o fato de ter o seu objetivo fora da linha vertical que passa pela sonda ou pela cabeça do poço.
Poço exploratório
Poço perfurado na fase de exploração, visando à descoberta ou avaliação de reserva de petróleo ou gás natural.
Poço horizontal
Poço direcional no qual o reservatório é perfurado horizontalmente a fim de maximizar a área de extração de hidrocarbonetos. É utilizado preferencialmente em formações delgadas, formações naturalmente fraturadas, reservatórios com problema de cone de gás e de água, múltiplas formações com alto mergulho e como poços injetores. Seu projeto começa, normalmente, com um KOP (kick off point/profundidade do pontos de desvio) pouco profundo, seguido de um trecho de um ganho de ângulo (buil up) com inclinação final entre 35° e 75°. Após o trecho de ganho de ângulo há um trecho inclinado (slant) e depois um segundo trecho de ganho de ângulo que segue até atingir 90°, e a partir daí se perfura a seção horizontal com o objetivo de obter-se comprimento projetado.
Poço pioneiro
Poço perfurado em novas áreas exploratórias, locais ainda não explorados ou com poucos dados, ou poços de correlação.
Poço vertical
Poço perfurado com inclinação menor que 5 graus em realação à vertical.
Porosidade
Relação entre o volume de poros e o volume total de uma rocha. A porosidade pode ser fruto do processo de deposição e compactação da rocha, quando é dita primária, ou derivar de processos de alteração da rocha que levem a sua dissolução. Neste segundo caso, denomina-se porosidade secundária. A porosidade total de uma rocha contabiliza os poros interconectados e os isolados. Os poros interconectados, que permitem o fluxo de fluidos, são contabilizados isoladamente na porosidade efetiva.
Pré-sal
Reservas petrolíferas, que caracterizam novas fronteiras exploratórias e que se encontram em camada de sal abaixo do leito marinho (abaixo das camadas pós-sal e sal), em lâmina d’água de grande profundidade (por exemplo, entre 1,5 mil e 3 mil metros e soterramento entre 3 mil e 4 mil metros). As reservas de pré-sal se formaram há aproximadamente 100 milhões de anos, a partir da decomposição de materiais orgânicos. A primeira camada abaixo do leito do oceano chama-se pós-sal e, após esta, a de pré-sal.
Processamento de gás natural
Tratamento do gás natural produzido para retirar impurezas, condicionar o gás e extrair e tratar os líquidos mais valiosos (etano, propano, butano e gasolina natural). Em termos práticos, começa na boca do poço e se completa através de planta de processamento ou planta de gasolina natural. Mais especificamente, o processamento de gás natural se refere apenas à parte de planta de processo. Consideram-se as seguintes fases para o processamento do gás:
(I) condicionamento (conditioning);
(II) retirada de impurezas;
(III) processamento (processing);
(IV) recuperação de líquidos e
(V) tratamento (treatment) e adição de mercaptans (aditivos odorizantes).
Produção
Conjunto de operações coordenadas de extração de petróleo ou gás natural de uma jazida e de preparo de sua movimentação, ou, ainda, volume de petróleo ou gás natural extraído durante a produção. A fase de produção de um contrato ou concessão exploratória se inicia com a declaração de comercialidade de uma descoberta e termina com o fechamento e abandono do campo.
Programa exploratório mínimo
1. Obrigação prevista nos contratos de concessão das áreas de exploração, como inversão mínima a ser realizada.
2. Programa que tem suas diretrizes de definição no edital de cada rodada de licitações no Brasil.
Propano
Hidrocarboneto saturado com três átomos de carbono e oito de hidrogênio (C3H8), gasoso, incolor e de odor característico. Compõe o GLP. Empregado como combustível doméstico e como iluminante. Também utilizado como fonte de calor industrial em caldeiras, fornalhas e secadores. O propano tem peso molecular de 44,09, temperatura crítica de 666 °R e pressão crítica de 617 psi.
Prospecção
1. Processo sistemático e exato para examinar e delinear as características químicas ou físicas da superfície, subsuperfície ou constituição interna da Terra, empregando topografia, geologia e medidas geofísicas ou geoquímicas.
2. Dados ou resultados associados obtidos em uma pesquisa. Mapa ou descrição de uma área obtida por avaliação.
Prospectos
Feição geológica mapeada como resultado de estudos geofísicos e de interpretação geológica que justificam a perfuração de poços exploratórios para a localização de petróleo ou gás natural.
R
Registando diagrafias enquanto se fura
O mesmo que perfilando durante a perfuração.
Relatório de Impacto Ambiental
Documento em linguagem não técnica que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental para comunicá-los a todos os interessados.
Reservas
Estimativa dentro de um especificado grau de precisão do valor do conteúdo de um bem mineral ou metal de um depósito conhecido e que pode ser produzido sob condições econômicas vigentes e com tecnologia disponível. Parte de uma reserva de base que poderia ser economicamente extraída ou produzida em um tempo determinado.
Reservas prováveis
Reservas de petróleo e gás natural cuja análise dos dados geológicos e de engenharia indica uma maior incerteza na sua recuperação quando comparada com a estimativa de reservas provadas.
Reservatório
1. Configuração geológica dotada de propriedades específicas, armazenadora de petróleo ou gás em subsuperfície.
2. Rocha porosa e permeável, portadora de hidrocarbonetos. O reservatório é smepre confinado (selado), de modo a permitir o armazenamento do petróleo. Não se pode confundir com os reservatórios de superfície (artificiais) para armazenar óleo cru e gás natural, às vezes chamados tanques de armazenamento. Um reservatório é composto por uma rocha porosa saturada com hidrocarbonetos, por uma rocha sobrejacente impermeável denominada rocha selante e por um sistema de aprisionamento denominado trapa; possui um único sistema de pressão e não está interligado a outro reservatório.
Reservatório de gás
Jazida de petróleo que nas condições de tempertaura e pressão do reservatório possui uma mistura de hidrocarbonetos que se apresenta no estado gasoso. Os reservatórios de gás, dependendo do seu comportamento e de acordo com os fluidos produzidos no equipamento de superfície, podem ser ainda subdivididosem reservatório de gás úmido, reservatório de gás seco e reservatório de gás retrógrado.
Reservatório de óleo
Reservatório ocorrente quando sua temperatura está abaixo da temperatura crítica da mistura de hidrocarbonetos do tipo multicomponente. Tais reservatórios são então classificados nos seguintes subtipos: óleo comum (black oil), óleo de baixa contração, óleo de alta contração e óleo quase crítico.
Rifte
1. Depressão ou vale formado por falhamentos.
2. Falha do tipo strike-slip de escala regional como a de San Andreas (Califórnia, E.U.A.), com o afastamento de blocos medido em centenas de quilômetros. A formação de rift valleys ocorre devido ao movimento divergente de placas tectônicas.
Rocha geradora
Rocha sedimentar com alto teor de matéria orgânica que, em condições ideais de soterramento (temperatura e pressão), pode gerar hidrocarbonetos. Tal rocha pode ser de natureza siliciclástica com alto teor de argilas, como os folhetos, ou de natureza carbonática, como as margas, sendo a primeira muito mais prolífica na capacidade de geração.
Rocha sedimentar
1. Rocha resultante da acumulação de materiais (sedimentos) oriundos da desagregação de rochas, da acumulação de restos de animais ou vegetais ou da precipitação de soluções salinas. A estratificação é uma característica singular das rochas sedimentares. 2. Rocha formada pela litificação de sedimentos acumulados em camadas ao longo dos milhares de anos. A quase totalidade das acumulações de óleo e gás ocorre nas rochas sedimentares.
Rodada de licitações
Denominação das licitações das concessões para exploração e produção de petróleo e gás natural. O mesmo que certame licitatório.
Round
Licitações de âmbito internacional, efetuadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Brasil, e destinadas à outorga, aos respectivos licitantes vencedores, de concessões para exploração e produção de petróleo e gás natura.
S
Sedimento
Material sólido originado pelo intemperismo de rochas, transportado e depositado por gelo, água ou ar, ou acumulado por agentes naturais tais como precipitação química a partir de soluções ou segregação por organismos. Esse Material sólido pode incluir uma combinação de areia, ferrugem e incrustações (parafinas, sulfatos de bário, de estrôncio etc.).
Seção horizontal
Trecho do poço cujo eixo forma um ângulo próximo a 90 graus com a vertical. Normalmente este trecho encontra-se dentro de um reservatório.
Siliciclástico
Sedimento clástico formado principalmente por silicatos.
Sísmica 3D
Método utilizado na fase do processo exploratório em que se busca maior detalhe, ou seja, quando já existe um conhecimento prévio da geologia de subsuperfície da área. O processamento dos dados e a aplicação de um algorítmo de migração permitem que eventos laterais sejam visualizados nas suas posições verdadeiras, possibilitando a visão tridimensional das camadas.
Sondas
Estrutura de aço no formato de uma torre, composta por um conjunto de equipamentos utilizados para realizar operações de perfuração, completação e intervenção de poços. Pode ser montada em uma unidade marítima ou terrestre.
T
Teste de formação a poço revestido
Teste realizado em poço revestido e canhoneado, por intermédio de tubulação. Este tipo de teste é indicado para as sondas flutuantes por ser um procedimento mais seguro operacionalmente.
Tonelada Equivalente de Petróleo – tep
A tonelada equivalente de petróleo é uma unidade de energia definida como o calor libertado na combustão de uma tonelada de petróleo cru, aproximadamente 42 gigajoules. Como o valor calórico do petróleo cru depende de sua exata composição química, que admite bastante variação, o valor exato da tep deve ser definido por convenção.
Fator de Conversão:
1 barril de óleo equivalente (boe) contém aproximadamente 0,146 tep (isto é há aproximadamente 7,4 boe em uma tpe).
Trapa
1. Configuração geométrica de estruturas de rochas sedimentares que retém os fluidos migrantes, oriundos de escoamentos ascensionais de óleo ou gás, de tal forma que não possibilite o escape futuro desses fluidos, obrigando-os a se acumularem. Conhecida também como armadilha.
2. Elemento pertencente a uma região retentora de um fluxo de hidrocarboneto gerado em volume significativo.
Turbidito
Rocha sedimentar originada em ambientes subaquáticos de taludes com correntes de turbidez. Os turbiditos são sedimentos cujos fragmentos têm tamanhos que variam desde o conglomerado (alguns clastos possuem vários metros de diâmetro) até as frações siltico-argilosas. Em regra, as partículas mais finas encontram-se no topo da formação; os turbiditos constituem muitas vezes bons reservatórios de óleo e gás.
U
Unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência
O mesmo que unidade flutuante de produção, estocagem e transferência.
V
Vazão
Cociente entre um volume ou uma massa de um fluido que escoa em um ponto numa linha de processo, por unidade de tempo (por exemplo, mᵌ/h,kg/h etc.).
Volume recuperável
Quantidade de óleo ou gás que se estima produzir em uma jazida de petróleo pelos métodos disponíveis.